1 - HISTÓRICO

Construído em 1983, no Estaleiro A/S Mejellem & Karlsen, em Bergen, Noruega, com o nome M/V “LADY HARRISON” foi lançado ao mar em 27 de novembro de 1983 . Em 10 de fevereiro de 1988 foi adquirido pela Marinha do Brasil, tendo sido incorporado à Armada em 06 de junho do mesmo ano, com o nome de Navio Oceanográfico “ANTARES”.

2 - NOME

O Navio Oceanográfico “ANTARES” foi o primeiro Navio da Marinha do Brasil a ostentar este nome. Apesar disso, foi mantida a tradição de os navios subordinados à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) serem denominados a partir das principais estrelas e constelações conhecidas. Assim o “ANTARES” teve vários antecessores: o “SÍRIUS”, o “CANOPUS”, o “ORION”, o “ARGUS” e o “TAURUS”.

Antares, uma gigante vermelha, cerca de cem vezes maior que o Sol, é a principal e a mais brilhante estrela da Constelação de Escorpião, razão pela qual o “ANTARES” é também conhecido como “O ESCORPIÃO DOS MARES”.

3 - MISSÃO E PRINCIPAIS COMISSÕES DE 2005, 2006 E 2007

O Navio Oceanográfico “ANTARES” está capacitado para realizar levantamentos de oceanografia física, química, biológica e geológica, incluindo levantamentos sísmicos. Portanto, sua missão é “efetuar levantamentos hidroceanográficos, a fim de contribuir para o apoio às Operações Navais e à Segurança da Navegação na área marítima de interesse para o Brasil”.

De janeiro a março de 2005, dando prosseguimento ao II Plano de Coleta de Dados Meteorológicos e Oceanográficos (PCD-METOC), da Diretoria de Hidrografia e Navegação, o Navio Oceanográfico “ANTARES” realizou a Operação OCEANO LESTE II.

O PCD-METOC, parte integrante do Plano de Desenvolvimento do Programa Oceano (PLADEPO), prevê a obtenção de dados físico-químicos da água do mar destinados à produção de informações ambientais necessárias ao planejamento e condução de operações navais nas áreas de interesse da Marinha. As regiões de interesse abrangem áreas focais do comércio marítimo (áreas de convergência de rotas de navegação) e áreas vitais à economia e à segurança nacional, tais como a faixa oceânica adjacente a complexos industriais, regiões portuárias e de exploração de petróleo.

A Operação OCEANO LESTE II teve como propósito principal contribuir para a produção de informações ambientais, em situação de verão, na região oceânica compreendida entre os estados de Sergipe e Espírito Santo. Foram realizadas mais de 100 estações oceanográficas, com profundidades-limite superiores a 4.000 m e realizadas observações contínuas de propriedades físico-químicas das águas superficiais, de correntes oceânicas e das condições meteorológicas.

Além de atenderem às necessidades da Marinha do Brasil atinentes à defesa da nossa “Amazônia Azul” , os dados coletados possibilitam um melhor conhecimento das características físico-químico-biológicas das águas e da dinâmica das correntes oceânicas e costeiras da região de estudo, de interesse direto para as atividades Petrolíferas, Pesqueiras e de Transporte Marítimo, bem como para a Pesquisa Científica. Esses dados são armazenados no Banco Nacional de Dados Oceanográficos (BNDO), mantido pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), estando disponíveis para estudos climatológicos, meteorológicos, oceanográficos e das interações oceano-atmosfera efetuados por instituições de pesquisa e ensino nacionais.

Adicionalmente, durante toda a Comissão, o Navio contou com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação em Oceanografia das seguintes instituições de ensino: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), contribuindo, assim, para a formação das futuras gerações de Oceanógrafos do Brasil.

Entre os meses de junho e setembro do mesmo ano, o Navio realizou, em águas do litoral norte, nordeste e leste brasileiro a operação PIRATA BR-VIII , em apoio ao Projeto PIRATA - Pesquisa Piloto com Rede de Bóias Fixas no Atlântico Tropical ( PI lot R esearch moored A rray in the T ropical A tlantic ), iniciativa tripartite entre o Brasil, os Estados Unidos e a França para conhecimento da climatologia e das interações oceano-atmosfera no Atlântico Tropical e os seus impactos na variabilidade climática regional em escalas sazonais, interanuais ou de período mais longo.

Os institutos envolvidos no Projeto PIRATA : do lado brasileiro são a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos ( FUNCEME ), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( INPE ), a Diretoria de Hidrografia e Navegação ( DHN ) e a Universidade de São Paulo ( USP ); do lado francês são o Institut de Recherche pour le Développement ( IRD ) , a Météo France , o Centre National de Recherche Scientifique ( CNRS ) e o Institut Français de Recherche et d´Exploitation de la Mer ( Ifremer ); a National Ocean Atmospheric Administration ( NOAA ) é a representante do lado americano.

As tarefas da Comissão PIRATA BR-VIII englobaram a coleta de dados meteorológicos e oceanográficos ao longo de todo o deslocamento do Navio e o recolhimento, substituição de sensores meteorológicos e oceanográficos e reposicionamento de cinco bóias ancoradas em profundidades superiores a 4.000 metros , ocupando posições que distam entre 400 e 1.050 milhas náuticas, cerca de 750 a 1.945 km do litoral brasileiro.

Nesta comissão a rede inicial de bóias sob a responsabilidade do Brasil foi expandida com o lançamento de três novas bóias nas alturas de Natal (RN), Salvador (BA) e Vitória (ES) distando, respectivamente 260 , 333 e 292 milhas náuticas, cerca de 480 , 620 e 540 km do litoral brasileiro. O lançamento dessas novas bóias, que constituem a extensão para sudoeste ( PIRATA-SW ) da atual rede de bóias do Atlântico Tropical, objetiva o estabelecimento de uma rede de monitoramento de variáveis oceanográficas e atmosféricas, a fim de possibilitar uma melhor compreensão dos fenômenos associados à formação e desenvolvimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZACAS) e de uma banda dupla da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao sul do equador ( Southern Inter-Tropical Convergence Zone - SITCZ). Esses dois fenômenos climáticos têm impacto direto na variabilidade sazonal da distribuição de chuvas sobre a América do Sul. Enquanto a ZACAS influencia o clima da Região Sudeste do Brasil durante o verão, a ZCIT está atrelada a variações no regime das chuvas sobre a costa da Região Nordeste durante o inverno.

Nos dias 27 e 28 de setembro de 2005 , o Navio representou a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) no XXII Congresso Brasileiro de Cartografia em Macaé, onde recebeu a visita dos participantes do Congresso e de Escolas Municipais de Ensino Fundamental da região, assim contribuindo para disseminar os trabalhos realizados pela DHN e fomentar a mentalidade marítima.

No período de 8 a 11 de outubro de 2005 o Navio atracou no Porto de Vitória, para participar do Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO 2005), estando aberto à visitação pública nos dias 09 e 10 para os participantes do Congresso.

A partir de então o Navio demandou o Porto de Belém, onde iniciou a comissão Oceano Norte II, com o propósito de contribuir para a produção de informações ambientais, em situação de primavera, na região oceânica compreendida entre o Oiapoque - AP até o cabo Gurupi - PA. Nesta Comissão foram realizadas 41 estações oceanográficas, com profundidades-limite superiores a 3.600 m e realizadas observações contínuas de propriedades físico-químicas das águas superficiais, de correntes oceânicas e das condições meteorológicas.

Ainda por ocasião desta comissão, o Navio realizou 4.200 milhas de sondagem batimétrica e 1.450 milhas de sondagem de sísmica rasa multicanal, durante o período de 10 de novembro a 09 de dezembro, na região que compreende o cone sedimentar do delta do Rio Amazonas, entre os estados do Pará e Macapá, em apoio ao Projeto LEPLAC – LEvantamento da PLataforma Continental. Nessa ocasião, estiveram embarcados pesquisadores, engenheiros e técnicos da PETROBRÁS e do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).

O Brasil orgulha-se de ter sido o segundo país a submeter a proposta de extensão da plataforma continental ao Secretariado Geral da Organização das Nações Unidas e sua Comissão de Limites, em 17 de maio de 2004 . Essa região reveste-se de grande importância econômica para o país, devido à sua natureza geomorfológica. Dessa forma, a Marinha do Brasil está envidando esforços para contribuir para a redefinição das nossas fronteiras marítimas, visando a assegurar um aumento territorial em cerca de 950.000 km2 (18% do continente), nossa Amazônia Azul!

Em 2006, de janeiro a abril, o Navio realizou a Operação OCEANO SUDESTE IV, que se destinou a contribuir para a produção de informações ambientais, em situação de verão, na região oceânica compreendida entre os estados do Espírito Santo e São Paulo, atracando nos portos do Rio de Janeiro e Vitória, ainda em atendimento ao II PCD-DHN, do PLADEPO. As tarefas da Comissão OCEANO SUDESTE IV englobaram a coleta de dados meteorológicos e oceanográficos ao longo de todo o deslocamento do Navio e a realização de mais de 100 estações oceanográficas, até a profundidade limite de 5.000 metros .

Nessa Comissão, o Navio também contou com a participação de estudantes de graduação das seguintes instituições de ensino: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).

Entre os meses de outubro e dezembro, o Navio Oceanográfico Antares realizou a operação PIRATA BR-IX / EXTENSÃO SW-II. Nessa comissão, o Navio foi responsável pelo recolhimento, substituição de sensores meteorológicos e oceanográficos e reposicionamento de oito bóias ancoradas em profundidades superiores a 4.000 metros , ocupando posições que distam entre 260 e 1.050 milhas náuticas da costa (entre 480 e 1.945 km ), além da coleta de dados oceanográficos e meteorológicos, na região compreendida entre Vitória-ES e o paralelo 15º N e os meridianos 030º W e 038º W.

Adicionalmente, foram lançadas, durante essa comissão, 3 bóias de deriva, em apoio ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA). O PNBOIA foi implantado em 1998 e, desde então, vêm sendo lançadas bóias, de deriva e fixas, ao longo da costa brasileira. O objetivo deste programa é contribuir para o monitoramento e previsão de tempo e de estado do mar e, por conseguinte, para a segurança da navegação e salvaguarda da vida humana no mar, na área marítima sob responsabilidade do Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) e Organização Marítima Internacional (OMI). O sucesso do PNBOIA depende, além dos esforços de órgãos governamentais, da colaboração e consciência de comunidade pesqueira e marítima brasileira para zelar pela conservação dessas bóias que estão no mar para auxiliar, orientar e ajudar a preservar nossas vidas.

Em 2007, no período de 24 de fevereiro a 08 de março, o NOc “Antares” realizou a comissão POIT I / 2007, transportando para o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade o material e o pessoal que passaria a compor a tripulação daquela Ilha e trazendo de volta o grupo que já havia cumprido seu período no POIT.

Durante o período em que esteve nas proximidades do POIT, o Navio também exerceu ação de presença nas Ilhas do Arquipélago de Martim Vaz.

Devido à sua posição geográfica, a Ilha da Trindade e a área oceânica coberta em suas comissões de apoio se apresentam como excelentes locais para coleta de dados ambientais de interesse para a DHN e para projetos de pesquisas por ela apoiados.

Sendo assim, durante as travessias, o Navio lançou 6 bóias de deriva pertencentes ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA).

Também durante os deslocamentos, coube ao NOc “Antares” executar cerca de 100 lançamentos de batitermógrafo descartável (XBT) atendendo ao projeto de Monitoramento da Variabilidade Regional do Transporte de Calor na Camada Superficial do Oceano Atlântico Sul entre o Rio de Janeiro e a Ilha de Trindade (MOVAR), que visa a obter perfis de temperatura de alta resolução espacial (distâncias inferiores a 20MN) em áreas externas à quebra da plataforma continental, e volta-se para o estudo e o monitoramento da variabilidade oceânica em escalas mais longas de tempo (anos a décadas).

Além disso, ainda foram feitas 8 estações oceanográficas, efetuando perfilagem vertical de temperatura e salinidade, com o equipamento CTD.

Somando-se às outras tarefas desempenhadas, o Navio ainda prestou apoio à instalação de uma estação meteorológica automática na Ilha da Trindade, que, coincidentemente, foi concluída no dia do Meteorologista, 3 de março.

Entre os meses de março e maio o NOc “Antares” estará realizou a Comissão OCEANO SUL III, na região oceânica compreendida entre os estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul, em atendimento ao II Plano de Coleta de Dados Oceanográficos, do Plano de Desenvolvimento do Programa Oceano (PLADEPO), da Diretoria de Hidrografia e Navegação. As tarefas da Comissão OCEANO SUL-III englobaram a coleta de dados meteorológicos e oceanográficos ao longo de todo o deslocamento do Navio e a realização de 98 estações oceanográficas até a profundidade limite de 3.000 metros .

Adicionalmente, durante as travessias, foram lançadas 8 bóias de deriva pertencentes ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA), que visa a dotar a área marítima de responsabilidade do Brasil de uma rede observacional baseada em bóias fixas (fundeadas) e bóias de deriva, para fins de monitoramento meteorológico/oceanográfico e estudos climáticos.

Coube também ao Navio o lançamento da bóia meteorológica “MINUANO”, no litoral do Rio Grande do Sul. A bóia AXYS 3M (Axys Technologies Inc., Canadá) recebeu o nome “MINUANO” em 2004, sendo a partir daquela data conhecida simplesmente por MINUANO. Foi adquirida em 1999 e também pertence ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA). Os dados coletados por essa bóia são: velocidade e direção do vento (em dois níveis), umidade relativa e temperatura do ar, pressão atmosférica, temperatura da superfície do mar, altura e período de ondas e radiação solar. Ela também possui um GPS que fornece a posição e faz a sincronia do horário do módulo de processamento, uma agulha que referencia a direção dos anemômetros e uma luz de navegação, bem como uma memória interna para armazenar os dados adquiridos de forma horária.

Além de atender às necessidades da Marinha do Brasil atinentes à defesa da nossa “Amazônia Azul”, os dados coletados possibilitam um melhor conhecimento das características físico-químico-biológicas das águas e da dinâmica das correntes oceânicas e costeiras da região de estudo, de interesse direto para as atividades Petrolíferas, Pesqueiras e de Transporte Marítimo, bem como para a Pesquisa Científica.

Durante toda a Comissão, o Navio contou com a participação de estudantes de graduação de algumas instituições de ensino, tais como: Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), entre outras.

Entre os meses de julho e agosto o NOc “Antares” estará realizando a Comissão “REMPLAC I”, na região oceânica compreendida entre os estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Durante a presente comissão, o Navio deverá realizar coleta de dados batimétricos, sonográficos, meteorológicos e geológicos, lançamentos de batitermógrafos descartáveis (XBT) e aquisição de dados com os equipamentos ADCP e Termosal, a fim de apoiar o Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (REMPLAC) .

O REMPLAC tem por propósito contribuir para o conhecimento do substrato marinho da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB) por meio da avaliação dos seus recursos minerais, abordando as questões ambientais, de manejo e gestão associadas a este conhecimento. O REMPLAC é vinculado ao Plano Setorial para os Recursos do Mar (PSRM), um dos planos estabelecidos pela Política Nacional para os Recursos do Mar, cuja coordenação nacional cabe à Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM). A DHN, representante da MB no comitê executivo do programa REMPLAC, adota uma política de colaboração e apoio, buscando contribuir com iniciativas que visem desenvolver o programa.

O programa REMPLAC possui uma Proposta Nacional de Trabalho que se divide em quatro Planos Básicos , a saber: integração e sistematização das informações, levantamentos sistemáticos, levantamentos temáticos e estudos de viabilidade econômica e técnica. Um dos projetos associados aos levantamentos temáticos, objeto da presente Comissão, é a prospecção de fosforitas do talude continental do estado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

4 - CO MISSÃO ATUAL: “PIRATA BR X / EXTENSÃO SW-III”

Entre os meses de março e maio, o Navio Oceanográfico Antares estará realizando a operação PIRATA BR-X / EXTENSÃO SW-III. Nesta comissão, o Navio será responsável pelo recolhimento, substituição de sensores meteorológicos e oceanográficos e reposicionamento de oito bóias ancoradas em profundidades superiores a 4.000 metros , ocupando posições que distam entre 260 e 1.050 milhas náuticas da costa (entre 480 e 1.945 km ), além da coleta de dados oceanográficos e meteorológicos, na região compreendida entre Vitória-ES e o paralelo 15º N e os meridianos 030º W e 038º W.

Este programa foi espelhado no sucesso científico do Projeto TOGA (Tropical Ocean Global Atmosphere), que instalou no Pacífico Intertropical 70 bóias oceanográficas do tipo Atlas, que constituem a rede TAO/TRITON , que visa, dentre outros objetivos, monitorar e prever a ocorrência dos fenômenos do El-Niño e La Niña. Assim , o Projeto PIRATA, iniciado em 1997, estabeleceu inicialmente uma rede de cinco bóias, também do tipo Atlas. Em 2005, foram incorporadas mais 3 bóias, gerando a Extensão SW do projeto.

O objetivo principal do Projeto PIRATA é coletar dados do oceano e da atmosfera, a fim de que se possa descrever e compreender a evolução temporal e espacial da temperatura da superfície do mar, a estrutura térmica sub-superficial e as transferências de quantidade de movimento, de calor e de água doce, entre o oceano e a atmosfera. As observações oceânicas, juntamente com as observações meteorológicas, são transmitidas por satélite e disponibilizadas em tempo quase real na Internet. Essas observações possibilitam uma melhor compreensão do clima no Atlântico Tropical, principalmente o deslocamento Norte-Sul da Zona de Convergência Inter-Tropical, responsável pelos períodos de seca e inundação na Região Nordeste.

Adicionalmente, estão sendo lançadas durante esta comissão 6 bóias de deriva, em apoio ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA). O PNBOIA foi implantado em 1998 e, desde então, vêm sendo lançadas bóias, de deriva e fixas, ao longo da costa brasileira. O objetivo deste programa é contribuir para o monitoramento e previsão de tempo e mar e, por conseguinte, para a segurança da navegação e salvaguarda da vida humana no mar, na área marítima sob responsabilidade do Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) e Organização Marítima Internacional (OMI). O sucesso do PNBOIA depende, além dos esforços de órgãos governamentais, da colaboração e consciência de comunidade pesqueira e marítima brasileira para zelar pela conservação dessas bóias que estão no mar para auxiliar, orientar e preservar nossas vidas.

 

 
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